sexta-feira, 1 de julho de 2011

Monges


Como será  a vida de monge? Pacata? Reclusa? Obscura? Secreta? Santa?... Indefinições
Seria a arte de encantar com suas vozes, sem tons, mas alucinantemente dentro de uma vida que é conduzida dentro de uma grande catedral fria, e sem alegria cujo odor de madeira velha, entra pelas narinas e descobre que existe um mundo vasto além de tudo que possa ser insano , que possa ser beneditino, que possa ser abrangente, além da fé, além do amor a Deus, o amor a reclusão.
Orações a meia noite, com joelhos dobrados, ante a escuridão, e o frio que percorre todo o corpo quanto a pele é tocada pelo chão frio e santo, intocado. Vozes são erguidas e que tentam chegar até o mais alto possivel, pois o erudito que existe em tudo isso, é tão belo, é tão devoto, é tão frívolo, é tão profano... é tão excitante, que chega a me dar uma certa irrevulutalidade perante a tal santidade.
Como pode uma pessoa se conter com tal circunstancia, com tal perfeição, com tamanha felicidade, de poder se separar de todos e se guardar de tudo aquilo que é profano e insensato, com tamanha beleza pode-se crer que ainda no mundo possa existir a escuridão, que possa existir o nada, ante uma catedral sem fieis, sem padres, monges, cantos, velas, ou qualquer coisa que faça parte do rito de invocação, e só restar o monge com seus joelhos calejados, estes deitados no chão da meia noite no escuro e sozinho, tentando sofrer por ter uma tão adoravel vida de exclusivade...
Tudo parece-me um horizonte , uma ideia que me permite navegar perante um lugar.....
Vai -se saber se este lugar´não é o mais iluminado de toda a cidade.

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