Lembro dos dias que eu abria meu armario repleto de livros, que me levavam a delirio, um prazer nostalgico , uma verdadeira realização. Só ao passar a mão pela suas eternas capas , e paginas empoeiradas, me fazem refletir que um dia fui feliz. Nas tardes frias de outono, enquanto o sol ardia la fora dentro de mim nascia uma paixão alucinante , quando sentia a brisa leve do cair da tarde, aquele frio que subia pela espinha dorsal, e eu ali de frente pra os meus amados livros, .... não candava de olhar pra eles passaria horas e horas de pernas pra o ar , olhando fixamente um por um, sem um minimo de preocupação possivel. O tempo passava e eu ali procurando algo que me agradasse , e satisfizesse minha fome pela letras e , pela viagem literaria.
Eterno amor, eterna paixão. Não foi do modo certo que adquiri eles , pois eles se adquiram de mim, com um toque de olhar , eles vieram e passaram a fazer parte de um corpo integrante, um massa corporea, umidificada pelas lagrimas da perdição. Quem sabe não foi um amor de perdição que me levou a loucura?!
A solidão fazia parte de mim, o desejo de mais também , poém a cada dia relatava uma nova experiencia vivida de acordo com os prazeres da visão, sim pois os livros é a minha paixão.
Hoje é diferente , dentro de um trem saculejante tempo me concentrar , em 5 simples minutos que seja , ao meu desvario imaginario seja com Musashi ou com Auto da Alma, que seja, tempos passados , tardes vividas, hoje vivo não mais a paixão pelos livros , mas a tortura das negligencias....
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